sábado, julho 30, 2016

Nada de novo no front - Erich Maria Remarque

Leitura iniciada dia 19/05, à meia-noite.

Esta obra foi lida em poucas noites. Poucas mesmo. Quando penso em guerra penso na Segunda Guerra; a Primeira não é levada em consideração, deixando claro que considero abominável qualquer guerra, mas é na questão de que nazismo e fascismo extrapolaram tantas coisas que só lembro da Primeira Guerra em se tratando de um período muito antigo. Enfim, minhas boas notas no Ensino Fundamental em História ficaram desbotadas e pareço cada dia mais distante daquela realidade em que dava muita importância aos assuntos humanos em detrimento aos assuntos digitais. Até não sei se pude me expressar da maneira correta, mas espero ter atingido êxito.
A história de um soldado alemão, que na guerra foi incentivado por velhos professores a participar, é muito intrigante, e revela aspectos de um mundo que não pode mais existir, um mundo em que a ingenuidade imperava. Um simples conselho dos mais velhos já não é mais válido como a verdade absoluta, pois é possível verificar qualquer sentença online. O lado ruim de hoje é não dar ouvidos as pessoas, sejam elas mais velhas, da mesma idade, ou mais jovens, só o que prevalece é o online. Enfim, não quero relatar sobre as atrocidades da guerra, mas sobre a ingenuidade de soldados que foram à guerra para defender ideais. O autor acaba revelando que não estava nem aí para tais ideais, que mais pareciam acadêmicos e não faziam sentido. Foi uma história que me deixou bem triste. Senti a solidão de um autor que não concordava com a realidade imposta a seus pares, mas que, a história mostra, não conseguiu atingir seu objetivo naquela época. A Segunda Guerra veio e aprendemos a odiar os alemães. Os livros e os mais velhos nos diziam isso, sendo que, óbvio, muitos lutaram contra tudo o que estava a ocorrer, porém foram silenciados, de diferentes formas. Nossa tendência a opor dois lados é tão heroica que sobrepõe a análise dos fatos, cegando a capacidade de compaixão. Que possamos enxergar além do que nossos olhos querem ver. Obrigado pela coragem, Erich Maria Remarque.

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